Por Felipe Moreno |19h02 | 03-08-2012
SÃO PAULO - A Petrobras (PETR3, PETR4) registrou prejuízo líquido atribuível aos acionistas de R$ 1,346 bilhão no segundo trimestre de 2012, revertendo de um lucro líq
SÃO PAULO - A Petrobras (PETR3, PETR4) registrou prejuízo líquido atribuível aos acionistas de R$ 1,346 bilhão no segundo trimestre de 2012, revertendo de um lucro líq
uido de R$ 10,94 bilhões no mesmo período em 2011. O resultado da estatal veio abaixo das projeções compiladas pelo Portal InfoMoney, que era de lucro líquido de R$ 1,58 bilhão no trimestre, de acordo com os analistas de Ágora Corretora e do Banco Espírito Santo.
"Estamos trabalhando para recuperar nossa rentabilidade", disse Graças Foster, que nesses cinco meses no comando da companhia já reajustou duas vezes os preços do combustível, demonstrando cada vez mais ser necessidade essa atitude para a financiabilidade do plano de negócios e gestão, assim como para preservar os limites de alavancagem e para garantir a lucratividade da companhia.
Receita e geração operacional de caixa
A receita de vendas da petrolífera no trimestre ficou em R$ 68,047 bilhões, superando em 11,54% o montante visto no mesmo período de 2011. O número também superou em 2,89% o período anterior e em 1,71% a média das estimativas das duas casas de research compiladas pela InfoMoney.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) ficou em R$ 10,599 bilhões, mostrando piora tanto frente ao trimestre anterior, de 35,85%, quanto em relação ao mesmo período do ano passado - queda de 33,38%. Além disso, a geração operacional de caixa veio 29,20% acima das estimativas dos analistas consultados.
Resultado financeiro
O resultado financeiro líquido da Petro foi negativo em R$ 6,4 bilhões, devido à depreciação cambial de 10,9% sobre o endividamento, frente à receita financeira líquida de R$ 465 milhões nos três primeiros meses desse ano. A piora dos números da companhia é ainda maior quando comparada ao segundo trimestre de 2011, quando o resultado financeiro líquido foi positivo de R$ 2,9 bilhões.
Custo de produtos vendidos
A petrolífera reportou ainda um aumento de 13% no custo dos produtos vendidos no segundo trimestre de 2012, se comparado ao primeiro período deste ano, somando R$ 52,03 bilhões.
"Isso se deve ao aumento do volume das vendas no mercado interno em 4%, suportado em grande parte por importações, principalmente de diesel e GNL (gás natural veícular), inclusive pela realização de estoques formados por maiores custos, associado ao efeito cambial sobre as importações e participações governamentais", afirma a companhia.
Confira os resultados da Petrobras:
(em R$ milhões) 2T12 2T11 1T12 2T12E* 2T12/2T11 2T12/1T12 2T12/T12E*
Receita líquida 68.047 61.007 66.134 66.900 +11,54% +2,89% +1,71%
Ebitda** 10.599 15.909 16.521 14.970 -33,38% -35,85% -29,20%
Lucro (prejuízo) líquido (1.346) 10.942 9.214 1.580 - - -
* Média obtida entre as projeções da Ágora e do Banco Espírito Santo
** Geração operacional de caixa ou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização
*** Relação percentual entre receita líquida e geração operacional de caixa
Resultado por segmento
A empresa mostrou resultados distintos em seus seis segmentos - E&P (Exploração e Produção), Abastecimento, Biocombustível, Gás & Energia, Distribuição e Internacional. Enquanto quatro deles apresentaram resultados piores frente ao ano passadado, os segmentos de E&P e distribuição mostraram melhora.
O segmento de E&P (Exploração e Produção) teve ganhos líquidos de R$ 10,67 bilhões no segundo trimestre, o que corresponde a um crescimento de 0,75% frente ao período similar em 2011. "O aumento do lucro líquido no semestre decorreu da elevação dos preços de venda etransferência do petróleo nacional, refletindo o comportamento das cotações internacionais e a depreciação cambial", avalia a companhia.
Já a produção nacional no segundo quarto do ano teve leve queda de 2,38% para 1,97 milhão de barris diários. "Isso ocorreu principalmente por conta das paradas operacionais, do aumento de outras perdas operacionais e da interrupção de Frade. O declínio do potencial dos sistemas antigos tem se mantido dentro do esperado", destaca a companhia.
Abastecimento
A área de abastecimento foi a grande responsável pela piora dos números da companhia. O resultado R$ 2,28 bilhões negativos para um rombo de R$ 7,03 bilhões - crescimento de 208,33%. A companhia destaca a elevação de custos com aquisição e transferência de petróleo, refletindo a depreciação cambial e a "redução dos resultados com participações no setor petroquímico".
É válido destacar que as importações de petróleo e derivados ficou praticamente estável, atingindo 724 mil barris diários. A exportação caiu de 703 mil barris para 554 mil barris por dia - queda de 21,19%.
Gás & Energia
No segmento de Gás & Energia, houve uma queda de 88,5% no resultado líquido do período frente ao mesmo período de 2011, chegando a R$ 86 milhões. "Houve um aumento da participação do Gás Natural Leve no mix de vendas, visando atender ao crescimento da demanda, principalmente termoelétrica", avalia a companhia. A companhia destaca também a reduução das margens de comercialização de energia, dado o aumento dos custos de compra no mercado à vista, em reflexo a menor disponibilidade hidrelétrica.
Biocombustível e distribuição
No segmento de biocombustível, o resultado líquido negativo de R$ 37 milhões no segundo trimestre de 2011 foi ampliado para R$ 113 milhões negativos no segundo trimestre de 2012, em decorrência da diminuição das margens de venda de biodiesel - refletindo os menores preços praticados em leilão e o aumento das despesas com pesquisa e desenvolvimento.
Por fim, a área de distribuição fechou o segundo trimestre de 2012 com um lucro líquido de R$ 472 milhões, alta de 101,7% na passagem anual. "O aumento desse lucro líquido decorreu do crescimento em 11% das margens de comercialização, refletindo a realização de estoques formados por menores custos de aquisição em período anterior", finaliza a companhia.
"Estamos trabalhando para recuperar nossa rentabilidade", disse Graças Foster, que nesses cinco meses no comando da companhia já reajustou duas vezes os preços do combustível, demonstrando cada vez mais ser necessidade essa atitude para a financiabilidade do plano de negócios e gestão, assim como para preservar os limites de alavancagem e para garantir a lucratividade da companhia.
Receita e geração operacional de caixa
A receita de vendas da petrolífera no trimestre ficou em R$ 68,047 bilhões, superando em 11,54% o montante visto no mesmo período de 2011. O número também superou em 2,89% o período anterior e em 1,71% a média das estimativas das duas casas de research compiladas pela InfoMoney.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) ficou em R$ 10,599 bilhões, mostrando piora tanto frente ao trimestre anterior, de 35,85%, quanto em relação ao mesmo período do ano passado - queda de 33,38%. Além disso, a geração operacional de caixa veio 29,20% acima das estimativas dos analistas consultados.
Resultado financeiro
O resultado financeiro líquido da Petro foi negativo em R$ 6,4 bilhões, devido à depreciação cambial de 10,9% sobre o endividamento, frente à receita financeira líquida de R$ 465 milhões nos três primeiros meses desse ano. A piora dos números da companhia é ainda maior quando comparada ao segundo trimestre de 2011, quando o resultado financeiro líquido foi positivo de R$ 2,9 bilhões.
Custo de produtos vendidos
A petrolífera reportou ainda um aumento de 13% no custo dos produtos vendidos no segundo trimestre de 2012, se comparado ao primeiro período deste ano, somando R$ 52,03 bilhões.
"Isso se deve ao aumento do volume das vendas no mercado interno em 4%, suportado em grande parte por importações, principalmente de diesel e GNL (gás natural veícular), inclusive pela realização de estoques formados por maiores custos, associado ao efeito cambial sobre as importações e participações governamentais", afirma a companhia.
Confira os resultados da Petrobras:
(em R$ milhões) 2T12 2T11 1T12 2T12E* 2T12/2T11 2T12/1T12 2T12/T12E*
Receita líquida 68.047 61.007 66.134 66.900 +11,54% +2,89% +1,71%
Ebitda** 10.599 15.909 16.521 14.970 -33,38% -35,85% -29,20%
Lucro (prejuízo) líquido (1.346) 10.942 9.214 1.580 - - -
* Média obtida entre as projeções da Ágora e do Banco Espírito Santo
** Geração operacional de caixa ou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização
*** Relação percentual entre receita líquida e geração operacional de caixa
Resultado por segmento
A empresa mostrou resultados distintos em seus seis segmentos - E&P (Exploração e Produção), Abastecimento, Biocombustível, Gás & Energia, Distribuição e Internacional. Enquanto quatro deles apresentaram resultados piores frente ao ano passadado, os segmentos de E&P e distribuição mostraram melhora.
O segmento de E&P (Exploração e Produção) teve ganhos líquidos de R$ 10,67 bilhões no segundo trimestre, o que corresponde a um crescimento de 0,75% frente ao período similar em 2011. "O aumento do lucro líquido no semestre decorreu da elevação dos preços de venda etransferência do petróleo nacional, refletindo o comportamento das cotações internacionais e a depreciação cambial", avalia a companhia.
Já a produção nacional no segundo quarto do ano teve leve queda de 2,38% para 1,97 milhão de barris diários. "Isso ocorreu principalmente por conta das paradas operacionais, do aumento de outras perdas operacionais e da interrupção de Frade. O declínio do potencial dos sistemas antigos tem se mantido dentro do esperado", destaca a companhia.
Abastecimento
A área de abastecimento foi a grande responsável pela piora dos números da companhia. O resultado R$ 2,28 bilhões negativos para um rombo de R$ 7,03 bilhões - crescimento de 208,33%. A companhia destaca a elevação de custos com aquisição e transferência de petróleo, refletindo a depreciação cambial e a "redução dos resultados com participações no setor petroquímico".
É válido destacar que as importações de petróleo e derivados ficou praticamente estável, atingindo 724 mil barris diários. A exportação caiu de 703 mil barris para 554 mil barris por dia - queda de 21,19%.
Gás & Energia
No segmento de Gás & Energia, houve uma queda de 88,5% no resultado líquido do período frente ao mesmo período de 2011, chegando a R$ 86 milhões. "Houve um aumento da participação do Gás Natural Leve no mix de vendas, visando atender ao crescimento da demanda, principalmente termoelétrica", avalia a companhia. A companhia destaca também a reduução das margens de comercialização de energia, dado o aumento dos custos de compra no mercado à vista, em reflexo a menor disponibilidade hidrelétrica.
Biocombustível e distribuição
No segmento de biocombustível, o resultado líquido negativo de R$ 37 milhões no segundo trimestre de 2011 foi ampliado para R$ 113 milhões negativos no segundo trimestre de 2012, em decorrência da diminuição das margens de venda de biodiesel - refletindo os menores preços praticados em leilão e o aumento das despesas com pesquisa e desenvolvimento.
Por fim, a área de distribuição fechou o segundo trimestre de 2012 com um lucro líquido de R$ 472 milhões, alta de 101,7% na passagem anual. "O aumento desse lucro líquido decorreu do crescimento em 11% das margens de comercialização, refletindo a realização de estoques formados por menores custos de aquisição em período anterior", finaliza a companhia.
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