terça-feira, 19 de julho de 2011

Copom avalia necessidade de novo aumento da taxa básica de juros

Copom avalia necessidade de novo aumento da taxa básica de juros 

Comitê de Política Monetária incia quinta reunião do ano nesta terça-feira.
19 de julho de 2011 – O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia nesta terça-feira  a quinta reunião no ano para avaliar os principais indicadores macroeconômicos, no Brasil e no exterior, e definir sobre a necessidade de mais um ajuste na taxa básica de juros (Selic) para reforçar o combate às pressões inflacionárias.

A reunião do colegiado de diretores do Banco Central (BC) é realizada em duas etapas: hoje e amanhã, sempre no final da tarde. Uma possível alteração da Selic atual, de 12,25% ao ano, só será conhecida, portanto, na noite desta quarta-feira. Os analistas financeiros apostam em aumento para 12,50% ao ano, ao contrário de empresários e trabalhadores que reivindicam redução da taxa.

Pesquisa do BC, feita na última sexta-feira,com uma centena de analistas do mercado financeiro, aponta para mais uma elevação da taxa, a exemplo do que aconteceu em todas as reuniões do Copom neste ano. Economistas de outras áreas ressaltam, no entanto, que o combate à inflação com mais juros não tem sido tecnicamente eficaz, além de onerar os investimentos empresariais e reduz a oferta de empregos.

Esse é o entendimento do consultor econômico Antoninho Marmo Trevisan, membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) – órgão de assessoramento da Presidência da República – e da organização não governamental Movimento Brasil Competitivo (MBC). Ele acrescenta que o aumento da Selic também torna o crédito ao consumo mais caro e agrava a dívida pública.

Em consequência, segundo ele, a estratégia de combater a inflação com mais juros “pode aprofundar a queda do nível de atividade e gerar efeitos colaterais negativos”. Ele cita a intensificação do processo de valorização do real em relação ao dólar e o aumento das despesas do governo com juros, que foram de R$ 195 bilhões em 2010 e devem chegar a R$ 210 bilhões neste ano, de acordo com suas estimativas. 
 
Fonte: Último Instante

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