São Paulo, 23 de fevereiro de 2012 - A Comissão Europeia prevê um
crescimento moderado para economia da eurozona no segundo trimestre de 2012, no
entanto, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) da região apresente
contração de 0,3% neste ano, 0,8 ponto percentual abaixo da projeção de
novembro. Para a União Europeia (UE), a estimativa caiu em 0,6 ponto percentual
em relação ao relatório de novembro, e a Comissão prevê que o PIB do bloco
fique estagnado.
As incertezas em relação à economia da eurozona continuam altas, de
acordo com o comunicado da Comissão Europeia, e o ritmo de crescimento entre os
países do grupo segue acontecendo de forma desigual.
Para este ano, a projeção de crescimento do PIB da Alemanha é de 0,6% e
da França, alta de 0,4%. Já as projeções para as economias de Grécia,
Espanha, Portugal e Itália, os chamados periféricos, são de contração em
2012. O PIB da Grécia deve cair 4,4%, enquanto a projeção para a Espanha é
de queda de 1%. A Comissão prevê contração de 3,3% para a economia
portuguesa e de 1,3% para o PIB italiano em 2012. Para o Reino Unido, a
Comissão Europeia acredita que o PIB britânico encerre o ano com expansão de
0,6%.
Para a inflação, a expectativa é que haja uma desaceleração gradual nos
preços na eurozona, e a projeção é chegue a 2,1% neste ano. Para a UE, a
estimativa é de inflação de 2,3%. No Reino Unido, a inflação deve ficar em
2,7%.
A confiança das empresas e dos consumidores na União Europeia continua
baixa, embora tenha se observado uma ligeira melhora decorrente da
estabilização no setor financeiro. De acordo com o documento, o risco de uma
crise de crédito diminuiu na região, devido, principalmente, às medidas
tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE) para estimular a liquidez. A confiança
e os investimentos devem apresentar uma recuperação gradual no segundo
semestre de 2012.
"Observamos sinais de estabilização na economia europeia. A sensação é
de que a economia ainda esteja fraca, mas a pressão sobre os mercados
financeiros está diminuindo. Com ações decisivas, podemos passar de um
período de recuperação para o crescimento e geração de emprego", afirmou o
vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn.
Paula Selmi / Agência Leia
Edição: Gabrielle Moreira
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