Foxconn, multinacional que monta iPhones e iPads para a Apple, anuncia investimentos de US$ 12 bi no Brasil
A multinacional de origem chinesa Foxconn, que monta produtos eletrônicos como iPhones e iPads, comunicou nesta terça-feira à presidente Dilma Roussef a intenção de investir US$ 12 bilhões no Brasil. A informação foi confirmada pelo Itamaraty. Ainda não foi detalhado o investimento.
Dilma se encontrou com o presidente da empresa durante seminário de negócios em Pequim, que reuniu quase 300 empresas brasileiras e chinesas.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou à Reuters que a Apple e a Foxconn vão produzir o computador tablet iPad no Brasil até o final de novembro deste ano. "Tem que ser detalhado agora as condições (em que se dará a produção do iPad), onde que vai ser, logística", disse.
A Foxconn, fundada em 1974 em Taiwan, é uma das maiores fabricantes de aparelhos eletrônicos no mundo. A companhia monta computadores e aparelhos para empresas como Apple, para a qual produz iPods, iPads e iPhones, placas-mãe para a Intel, componentes para PCs da Dell, celulares da Motorola e videogames como o PlayStation 3, da Sony, Wii, da Nintendo.
No Brasil, a empresa fabrica produtos para Sony, Dell, HP e Sony Ericsson e possui hoje três fábricas: em Manaus (AM), Indaiatuba (SP) e Jundiaí (SP). A Foxconn iniciou as suas atividades no país em 2005, com a fabricação de celulares. Mais tarde, a empresa passou a fabricar máquinas fotográficas digitais. Em 2007, inaugurou a sua maior fábrica no país, em Jundiaí, para a fabricação de computadores, notebooks e netbooks, além das placas mãe desses equipamentos.
Atualmente, a Foxconn está presente em 14 países.
Tablets no Brasil
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior realiza até sexta-feira (15) consulta pública sobre as condições para a inclusão dos tablets (microcomputadores portáteis sem teclado e com tela sensível ao toque) no Processo Produtivo Básico (PPB), o que possibilitaria a redução de impostos do equipamento. O Ministério das Comunicações, que solicitou a consulta pública, estima que, com a inclusão no PPB, os tablets terão redução de até 31% nos preços na comparação com os importados, já que o IPI cairia de 15% para 3% e o ICMS, caso a produção seja em São Paulo, de 18% para 7%.
A consulta começou no dia 1º de abril e sugere as condições de fabricação do produto. De acordo com a proposta de portaria publicada na convocação da consulta, a produção de componentes dos tablets, como placas e carregadores, devem aumentar gradativamente a cada ano até 2014. As empresas devem ainda encaminhar relatório anualmente sobre os componentes adquiridos no mercado nacional. Outra possibilidade é a inclusão dos tablets na lei 11.196, originada pela MP do Bem, que isenta de PIS e Cofins a venda de computadores e modems até o fim de 2014. O Ministério da Fazenda, que decide questões de desoneração, informou que não apresenta temas ainda em discussão e que não há nada formalizado sobre o assunto.
Fonte: G1 Economia
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